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No podcast Saúde 360°, Pablo Marambaia avalia “epidemia” de cursos de medicina no Brasil: “É uma decisão de governo” 

No podcast Saúde 360°, Pablo Marambaia avalia “epidemia” de cursos de medicina no Brasil: “É uma decisão de governo” 
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O médico otorrinolaringologista, Pablo Marambaia, avaliou que o crescimento dos cursos de medicina no Brasil são o resultado de uma política de Estado.

"Conversas difíceis" são tema de novo episódio do Bengalas Podcast; assista

"Conversas difíceis" são tema de novo episódio do Bengalas Podcast; assista
Foto: Bahia Notícias
Você sabe ter conversas difíceis? Especialmente quando se fala de relações familiares, saber compartilhar assuntos delicados pode fazer toda diferença. Enfermeira de formação, Itana Torres focou nos últimos anos no universo corporativo, como consultora empresarial e professora, e foi a convidada do novo episódio do Bengalas Podcast, divulgado esta quinta-feira (5).

Saúde 360º: Especialistas lamentam impactos negativos da "Fake Medicina" e apontam sinais de alerta para pacientes

Saúde 360º: Especialistas lamentam impactos negativos da "Fake Medicina" e apontam sinais de alerta para pacientes
Foto: Bahia Notícias
O que é a "Fake Medicina"? Esse debate conduziu o primeiro episódio do novo podcast apoiado pelo Bahia Notícias, o Saúde 360º. Durante o bate papo, liderado pelas jornalistas Christina Miranda e Stephanie Suerdieck, o hepatologista Raymundo Paraná e a gastroenterologista Mariléa Souza alertaram sobre os sinais de alerta para profissionais que se multiplicam cada vez mais nas redes sociais.

Artigos

Identificação precoce de atrasos no desenvolvimento pode transformar a vida da criança
Foto: Divulgação

Observar o crescimento e as conquistas do filho é um momento único para qualquer família. Cada novo o — o primeiro sorriso, os balbucios, os movimentos para sentar ou engatinhar — carrega consigo emoção e expectativa. No entanto, é preciso estar atento: quando marcos importantes do desenvolvimento demoram mais do que o esperado para acontecer, isso pode ser um sinal de alerta.

 

É comum ouvirmos frases como “cada criança tem seu tempo” ou “é o jeitinho dela”. Embora cada criança tenha realmente um ritmo próprio, existem faixas de tempo esperadas para que certos marcos sejam atingidos. Quando esses marcos não são alcançados ou apresentam atrasos significativos, é essencial considerar a avaliação de um profissional. O que muitas vezes parece apenas uma característica individual pode ser, na verdade, um indicativo de que a criança precisa de intervenção precoce.

 

A boa notícia é que, quanto mais cedo identificamos esses sinais, maiores são as chances de promover um desenvolvimento saudável. A intervenção precoce pode trazer impactos extremamente positivos nas áreas da cognição, socialização, motricidade e linguagem, influenciando diretamente a qualidade de vida da criança — agora e no futuro.

 

O desenvolvimento infantil é um processo complexo e multifatorial. Hoje sabemos que ele vai muito além do físico. Fatores emocionais, nutricionais e ambientais também exercem forte influência sobre como a criança cresce e aprende. Por isso, defendo uma abordagem integrativa e individualizada, que considera todas essas dimensões na hora de avaliar e conduzir o cuidado com cada criança.

 

Nesse cenário, o papel do pediatra é essencial. Acompanhar de perto o desenvolvimento, escutar os pais com atenção, observar comportamentos e, quando necessário, encaminhar para especialistas é um compromisso ético e profissional. Mais do que tratar doenças, é preciso promover saúde e desenvolvimento pleno.

 

Pais, mães e cuidadores são grandes aliados nesse processo. O olhar atento e o instinto protetor da família, aliados ao conhecimento técnico de profissionais capacitados, formam uma rede de apoio poderosa. Juntos, podemos garantir que nenhuma criança tenha seus potenciais negligenciados.

 

Identificar cedo faz toda a diferença. Respeitar o ritmo da criança, sim — mas sem fechar os olhos para sinais que pedem cuidado. Porque cada conquista, quando vem no tempo certo, fortalece não só o corpo e a mente da criança, mas também o vínculo e a confiança entre ela e o mundo.


*Stephanie Queiroz é pediatra com atuação integrativa no desenvolvimento infantil e médica do Instituto de Saúde Corpo e Mente.
CRMBA 25731 - RQE 20371

Uma em cada seis pessoas enfrentará dificuldade para engravidar

Por Wendy Delmondes

Uma em cada seis pessoas enfrentará dificuldade para engravidar
Foto: Divulgação

Junho é o mês dedicado à conscientização sobre a infertilidade, uma condição comum em muitos homens e mulheres. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada seis pessoas enfrentará dificuldades para engravidar em algum momento da vida. Essa realidade tem levado um número crescente de pessoas a buscar apoio em clínicas especializadas em reprodução assistida.

 

Os avanços nessa área são constantes, e as taxas de sucesso dos tratamentos têm melhorado significativamente nos últimos anos. A infertilidade não significa necessariamente ausência de fertilidade, a capacidade de ter filhos pode estar apenas reduzida. Identificar as causas precocemente aumenta as chances de encontrar o melhor caminho, seja corrigindo problemas identificáveis ou superando fatores irreversíveis com apoio especializado.

 

A idade é um fator determinante para o sucesso dos tratamentos de reprodução assistida. No caso da mulher, os óvulos envelhecem e perdem a qualidade ao longo da vida. Por isso, a idade é determinante.  Outros fatores, como estilo de vida, danos ao DNA, infecções adquiridas e alterações hormonais, podem afetar a qualidade dos óvulos e espermatozóides.

 

Quanto mais cedo o indivíduo identifica a causa da infertilidade, maior a chance de sucesso. Se você está tentando engravidar e encontrou dificuldades, não adie a busca por ajuda.

 

*Wendy Delmondes é coordenadora do serviço de Reprodução Humana do Hospital Mater Dei Salvador

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Alopecia Infantil: O silêncio que afeta os pequenos

Por Fernanda Barbosa

Alopecia Infantil: O silêncio que afeta os pequenos
Foto: Divulgação

A queda de cabelo em crianças, embora muitas vezes subestimada, pode ser o sinal de uma condição médica que exige atenção, diagnóstico adequado e acolhimento. Como profissional da área da saúde, vejo com frequência pais preocupados, mas também confusos, ao perceberem falhas no couro cabeludo dos filhos — e é justamente sobre isso que quero falar hoje: a alopecia infantil.

 

Existem diferentes causas para a perda de cabelo em crianças, e é fundamental compreender que nem sempre se trata de algo ageiro ou emocional. Muitas vezes, o problema é clínico e precisa de avaliação dermatológica.

 

Um dos tipos mais conhecidos é a alopecia areata, uma condição autoimune em que o organismo ataca os próprios folículos capilares, causando falhas arredondadas, lisas e sem inflamação. É imprevisível e pode ter recuperação espontânea, mas também requer tratamento específico com medicamentos tópicos ou, em casos mais avançados, terapias imunomoduladoras.

 

Outra causa bastante comum é a tinea capitis, uma infecção fúngica contagiosa, frequente em ambientes escolares. Costuma se manifestar com falhas de cabelo acompanhadas de descamação e coceira. Nesse caso, o tratamento é feito com antifúngicos orais, e é importante também cuidar da higiene dos objetos compartilhados. 

 

Há também a tricotilomania – quando a criança, geralmente em situações de ansiedade ou estresse, arranca os próprios fios de cabelo. Esse tipo de alopecia exige uma abordagem multidisciplinar, com apoio psicológico e, muitas vezes, acompanhamento psiquiátrico. Penteados muito apertados e o uso inadequado de produtos químicos também entram nessa categoria. 

 

Em alguns casos, a queda é difusa e não apresenta falhas específicas, como no eflúvio telógeno, geralmente causado por estresse físico (doenças, febres, cirurgias) ou carências nutricionais. A boa notícia é que esse tipo de queda costuma ser temporário e reversível com o tratamento da causa de base. Já a alopecia androgenética infantil é mais rara, costuma aparecer na adolescência, tem origem genética e, apesar de não ter cura, pode ser controlada com medicamentos e acompanhamento contínuo.

 

O diagnóstico correto é essencial e envolve exame clínico, avaliação com dermatoscópio, exames laboratoriais e, em alguns casos, cultura de fungos ou até biópsia do couro cabeludo. O dermatologista é o profissional mais indicado para conduzir essa investigação.

 

Mais do que uma questão estética, a alopecia infantil pode ter impacto emocional profundo. A infância é um período de desenvolvimento da identidade e da autoestima, e lidar com a perda de cabelo pode ser desafiador para a criança. Por isso, o acolhimento da família e a busca por orientação profissional fazem toda a diferença. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de um tratamento eficaz e menos os impactos emocionais a longo prazo. Se você notar alguma mudança no padrão capilar do seu filho, procure um dermatologista. Cuidar da saúde dos cabelos também é cuidar da saúde emocional e do bem-estar das nossas crianças.

 

*Fernanda Barbosa é médica dermatologista na Clínica SkinCare

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Sorriso Transformado: A Revolução das Lentes de Contato Dentais

Por Clovis Chastinet de Vasconcelos

Sorriso Transformado: A Revolução das Lentes de Contato Dentais
Foto: Divulgação

Certamente com os avanços da odontologia digital, a odontologia atual tem permitido verdadeiras transformações no sorriso dos pacientes. Aquele sorriso bonito e harmonioso tão desejado pode ser alcançado de forma previsível e precisa. Através das lentes de contato dentais conseguimos transformar a estética do sorriso de forma rápida e com resultados impressionantes.

 

O Que São e Como Funcionam?
As lentes de contato dentais são, na verdade, facetas de cerâmica, que após a evolução dos materiais alcançaram uma excelente resistência mesma com espessuras ultrafinas que podem variar de 0,3 a 0,5 milímetros. Elas são cuidadosamente confeccionadas em laboratório, de forma personalizada para cada paciente, mimetizando a cor, a forma e a textura dos dentes naturais.


Com as possibilidades atuais de planejamento e execução, conseguimos instala-las através de preparos minimamente invasivos dos dentes. Em alguns casos, nenhum desgaste se faz necessário a estrutura dental, ou o desgaste é tão pequeno que é quase imperceptível. As lentes são posteriormente são cimentadas na superfície frontal dos dentes com um cimento especial, criando uma união extremamente forte e duradoura.

 

Para Quem São Indicadas?
As lentes de contato dentais são uma excelente solução para corrigir diversas imperfeições estéticas, como:


*Dentes manchados ou escurecidos que não respondem ao clareamento convencional.
*Pequenas fraturas ou desgastes nas bordas dos dentes.
*Dentes com pequenas irregularidades de forma ou tamanho.
*Fechamento de pequenos espaços entre os dentes (diastemas).
*Alinhamento de dentes levemente desalinhados, sem a necessidade de aparelhos ortodônticos em alguns casos.
*O tratamento é ideal para quem busca uma transformação rápida e notável, elevando a autoestima e a confiança ao sorrir.

 

O Processo de Transformação
O processo geralmente começa com uma avaliação detalhada do dentista. Nesta etapa, são discutidos os desejos do paciente, analisada a saúde bucal e feito uma sequência de fotografias, assim como o escaneamento intraoral. Em seguida enviamos tais dados para um laboratório especializado realizar o enceramento digital, no qual será projetado o sorriso ideal e personalizado de forma tridimensional. Após a aprovação desse projeto será impresso um modelo físico, como se fosse uma maquete do novo sorriso.


Através desse modelo impresso obtemos guias de desgastes assim como a possibilidade realizarmos o test drive do sorriso, no qual o paciente ver e sente em boca como ficará om resultado antes mesmo de qualquer desgaste ou investimento.


 Na sequência, com a utilização das guias realizamos os desgastes suficientemente invasivos para adaptação das lentes, e o escaneamento dos dentes. As informações são enviadas para um laboratório, onde as lentes são confeccionadas com alta precisão. Na etapa final, as lentes são cuidadosamente cimentadas aos dentes. O procedimento é rápido e o resultado é imediato.

 

Durabilidade e Cuidados Essenciais
Com os cuidados adequados, as lentes de contato dentais podem durar por toda a vida, não existe uma validade específica. A durabilidade está diretamente ligada aos hábitos do paciente e à manutenção.


Para garantir a longevidade do seu novo sorriso, é fundamental:


*Manter uma higiene bucal rigorosa, com escovação após as refeições e uso diário de fio dental.
*Realizar visitas regulares ao dentista para check-ups e limpezas profissionais.
*Evitar hábitos como morder objetos duros (canetas, gelo), roer unhas ou usar os dentes para abrir embalagens.
*Se você sofre de bruxismo (ranger ou apertar os dentes), o uso de uma placa de proteção noturna é indispensável para proteger suas lentes e dentes.


As lentes de contato dentais representam um avanço significativo na odontologia estética, oferecendo uma solução eficaz e com resultados naturais para quem busca um sorriso mais belo e confiante. Se você tem interesse nessa transformação, converse com seu dentista para saber se as lentes de contato dentais são a opção ideal para o seu caso.

 

*Clovis Chastinet de Vasconcelos é formado em 2003 pela Universidade Tiradentes, especialista em Prótese pela UFBA, especialista em implantes e periodontia e professor do curso de especialização de implante e prótese do Instituto Prime

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Home office: Flexibilidade ou prática que levará trabalhadores ao esgotamento mental?
Foto: Divulgação

No Brasil, cerca de 9,5 milhões de pessoas seguem trabalhando em formato home office, segundo dados do IBGE. Se por um lado é uma modalidade prática e cômoda, inclusive por otimizar a vida de quem tem dupla jornada, esse tipo de labor, sem os devidos cuidados e a longo prazo, pode gerar prejuízos ergonômicos e esgotamento mental aos funcionários. 

 

Na Bahia, não é diferente. O home office consolidou-se no estado, refletindo uma transformação significativa nas relações laborais, sendo inclusive uma modalidade favorita por muitos trabalhadores. Esse crescimento exige que os empregadores adaptem suas políticas e estruturas para garantir condições adequadas de trabalho remoto. Isso porque, ao mesmo tempo em que é cômodo e prático, ele exige atenção extra das empresas. Os principais problemas estão ligados à ergonomia, muitas vezes provocados pelo mobiliário inadequado; e jornadas excessivas de trabalho, que podem gerar sérios agravos à saúde mental dos funcionários. 

 

Em um cenário ideal, é fundamental que as empresas forneçam equipamentos apropriados, tais como: cadeira e mesa adequadas, computadores e o à internet de qualidade, além de estabelecerem diretrizes claras sobre jornada de trabalho e metas. A legislação brasileira, atualizada pela Reforma Trabalhista de 2017, já prevê o regime de teletrabalho, mas a implementação eficaz depende do comprometimento das organizações em respeitar e promover os direitos dos trabalhadores remotos.

 

Além das questões legais e estruturais, é importante enfatizar a necessidade dos empregadores considerem o bem-estar dos colaboradores em home office. A manutenção de uma comunicação eficiente, o incentivo à saúde mental e a promoção de um ambiente de trabalho equilibrado são essenciais para a produtividade e satisfação dos funcionários. Na Bahia, empresas diversas adotam ainda modelos híbridos, permitindo que os funcionários trabalhem em casa e no escritório, buscando equilibrar flexibilidade e interação presencial.

 

Ainda sobre a situação local, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) identificou que 326,2 mil baianos já estavam trabalhando em regime home office em dezembro de 2020 - o que já correspondia a 7% do total de ocupados no estado.

 

Dicas importantes:
* Certifique-se sobre a equipagem disponibilizada pela empresa, antes de formalizar contratos.
* Atente-se à jornada de trabalho. Muitas pessoas acabam trabalhando pelo menos uma hora a mais por dia, em home office, o que pode gerar desgaste físico e mental.
* Crie uma rotina de trabalho com horários regrados de entrada, descanso e saída – como se estivesse em um escritório. 
* Crie um espaço em que possa atuar de maneira confortável e atenta às demandas.
* Tenha como hábito constante a realização do alongamento – evitando ficar muito tempo em uma mesma posição, evitando, assim, problemas por esforços repetitivos como a tendinite.
* Ao menor sinal de desconforto, desgaste físico ou emocional consulte o empregador e a área responsável pelas boas práticas de saúde do trabalho.

 

*Ana Paula Teixeira é médica do trabalho, escritora, palestrante e especialista em Saúde e Bem-estar

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Dia Mundial da Esclerose Múltipla: cerca de 40 mil pessoas enfrentam desafios para viver com qualidade
Foto: Divulgação

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica que afeta o sistema nervoso central, com início mais comum entre os 20 e 40 anos de idade, período de amadurecimento do sistema imunológico e com impacto direto na produtividade e níveis de atenção. Justamente por surgir na juventude, em pleno auge produtivo e reprodutivo da vida, a EM impacta não apenas a saúde física e mental do indivíduo, mas também sua trajetória profissional, acadêmica e familiar. É uma doença que impõe desafios funcionais em uma fase de conquistas e projetos, o que torna ainda mais urgente o diagnóstico precoce e o manejo adequado.

 

No Brasil, cerca de 40 mil pessoas são impactadas com a enfermidade, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O diagnóstico precoce ainda é um desafio, especialmente fora dos grandes centros, no país. Como a patologia pode se manifestar de forma variável, os sintomas mais comuns como visão turva ou dupla, formigamentos e dormências nos membros, perda de força, desequilíbrio, fadiga intensa e alterações urinárias podem ser confundidos com outras doenças, como estresse ou problemas ortopédicos, oftalmológicos e ginecológicos. 

 

A EM pode afetar diretamente a vida profissional, seja pelos sintomas motores, cognitivos ou pela fadiga crônica. Muitos pacientes relatam dificuldades para manter a produtividade, cumprir jornadas integrais ou acompanhar o ritmo do ambiente de trabalho. Estudos indicam que, mesmo com tratamento, uma parcela significativa dos pacientes reduz sua carga horária ou se afasta do mercado em até 10 anos após o diagnóstico. No entanto, com terapias mais eficazes e apoio psicossocial tem sido possível manter a inserção profissional de muitos deles. A inclusão no ambiente de trabalho e a flexibilização de funções são fundamentais para preservar esse vínculo.

 

A EM, por ser uma doença crônica e imprevisível, pode gerar estigmas e afetar a autoestima. O paciente, muitas vezes, sente que não é compreendido, principalmente, por apresentar sintomas invisíveis, como fadiga ou dor. Isso pode levá-lo ao isolamento, o que, por sua vez, aumenta o risco de depressão e piora do quadro clínico, além disso, as dificuldades nas relações afetivas, familiares e sociais são frequentes. Por isso, estratégias de apoio emocional, terapia e grupos de convivência são tão importantes quanto os tratamentos medicamentosos. A socialização é um fator protetor relevante contra o agravamento da doença.

 

A capacitação dos profissionais de saúde da atenção primária é fundamental para mudar esse cenário. Hoje conseguimos identificar pacientes com formas muito iniciais da doença, como a síndrome clínica e a síndrome radiologicamente isoladas.

 

Novas drogas imunobiológicas oferecem melhor controle da atividade inflamatória com menos efeitos adversos. O futuro da esclerose múltipla caminha para a medicina personalizada: tratamentos baseados no perfil imunológico, genético e de imagem de cada paciente. Essas inovações aumentam a esperança de manter os pacientes ativos, autônomos e com qualidade de vida por mais tempo. Não basta tratar a doença, é preciso cuidar de quem convive com ela.

 

*Dr. Eduardo Cardoso, médico neurologista da Clínica IBIS Imunoterapia

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Cuidados Paliativos: um direito de todos

Por Lucas Andrade

Cuidados Paliativos: um direito de todos
Foto: Divulgação

Falar sobre cuidados paliativos é falar sobre respeito à vida em todas as suas fases, inclusive na final. Evidenciado pela médica britânica Cicely Saunders nos anos 1960 e difundido nos EUA pela psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, esse conceito trouxe uma nova perspectiva: em vez de focar apenas na doença, prioriza o paciente, oferecendo conforto e dignidade. 

 

Compreender a morte como parte do ciclo natural da vida permite que esse momento seja vivenciado de forma mais digna e humana. Essa abordagem?não se limita ao alívio da dor física, mas também oferece e emocional, psicológico e espiritual aos pacientes e seus familiares, em um ato de empatia e acolhimento. 

 

Em 2024, o Ministério da Saúde estimou que cerca de 625 mil brasileiros precisavam de cuidados paliativos. Diante desse cenário, é crucial implementar ações focadas no bem-estar dessas pessoas, especialmente considerando a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que reconhece?o o aos Cuidados Paliativos como um direito universal. 

 

A experiência mostra que os pacientes que recebem esse tipo de assistência?precocemente vivem melhor e, muitas vezes, por mais tempo. Enfrentam menos dor e ansiedade, o que impacta diretamente sua qualidade de vida.  

 

Um enorme avanço nessa direção foi a recente inauguração do Hospital Estadual Monte Serrat, em Salvador, que oferece de forma inédita, internação especializada?por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa iniciativa amplia o o da população baiana aos cuidados paliativos, assegurando que mais pacientes possam receber assistência adequada. 

 

Salvador também é protagonista na iniciativa privada com a Clínica Florence, referência nacional em cuidados paliativos e reabilitação intensiva. Com unidades em Salvador e Recife, a instituição tem indicadores de excelência, como o NPS 88, e, além de pacientes e familiares, recebe estudantes e médicos de toda a América Latina para apreender suas melhores práticas. ? 

 

Há oito anos, a Florence tem sido um marco disruptivo na maneira como pacientes e familiares são cuidados na fase final de vida. Com um modelo assistencial que coloca a pessoa no centro do cuidado, respeitando crenças, valores e preferência, a Florence entrega os cuidados que os pacientes necessitam e desejam. 

 

Para Liliane Longman, antropóloga pernambucana, “a Florence nos inspira e convoca a produzir algo significativo que remeta a prática da compaixão e consequentemente da poesia”. 

 

Desde sua inauguração, em 27 de abril de 2017, a Florence já impactou a vida de mais de 3700 pacientes e familiares, sempre com o mesmo compromisso: dignidade até o último momento. Porque, no fim das contas, cuidado é um direito de todos. 

 

*Lucas Andrade é idealizador e diretor-executivo da Clínica Florence

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Maternidade biologicamente compartilhada

Por Wendy Delmondes

Maternidade biologicamente compartilhada
Foto: Divulgação

A busca pela  maternidade entre casais homoafetivos femininos tem crescido significativamente nos últimos anos com os avanços da medicina reprodutiva. E se antes apenas uma das mães estava biologicamente relacionada à criança, numa relação monoparental, hoje é possível que ambas as mães possam participar ativamente da concepção e do desenvolvimento do recém-nascido, reforçando a ideia de família compartilhada.

 

O método ROPA (Recepção de Ovócitos do Parceiro), também conhecido como FIV (fertilização in vitro) compartilhada lésbica, consiste em uma técnica de reprodução assistida para casais femininos, na qual uma das parceiras fornece os ovócitos (doadora, provedora de óvulos, parceira doadora ou mãe genética) e a outra recebe o embrião e o gesta (receptora/gestante ou mãe gestacional).

 

Este método permite a esses casais compartilhar a maternidade biológica , onde uma parceira é a mãe genética e a outra é a mãe gestacional, resultando em um envolvimento ativo de ambas na concepção do filho, nos níveis físico, mental e emocional, sem que nenhuma delas seja mera espectadora. Uma delas fará a estimulação ovariana e a coleta de óvulos, enquanto a parceira realizará a gravidez.

 

A autonomia das pacientes é um princípio fundamental na escolha do tratamento. A ROPA permite que cada mulher escolha seu papel no processo reprodutivo, respeitando seus desejos e necessidades individuais.

 

*Wendy Delmondes é médica especialista em Reprodução Humana

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Medicamentos para emagrecer podem causar queda de cabelo

Por Laura Andrade

Medicamentos para emagrecer podem causar queda de cabelo
Foto: Divulgação

O uso crescente de medicamentos para emagrecimento tem chamado atenção não apenas pelos resultados rápidos na balança, mas também pelos efeitos colaterais que começam a surgir nos consultórios médicos. Entre eles, destaca-se a queda de cabelo, um problema que tem levado cada vez mais pacientes a buscar orientação especializada. Desde que os chamados agonistas do hormônio GLP-1, conhecidos popularmente como “canetas de emagrecimento”, ganharam popularidade, houve um aumento de cerca de 25% na procura por avaliação de queda capilar em seu consultório. 

 

Muitas vezes, os pacientes perdem peso muito rapidamente e dificilmente associam o início da medicação à queda de cabelo, mas essa relação é bem estabelecida na literatura médica. Trata-se de um quadro clássico de eflúvio telógeno agudo, que ocorre após um estresse metabólico intenso, como dietas muito restritivas ou emagrecimento acelerado. Esse fenômeno é fisiológico e já foi observado em outras situações, como pós-parto, pós-cirúrgico ou em períodos de privação alimentar. 

 

Quando o corpo percebe uma redução drástica de energia, ele prioriza funções vitais e coloca em repouso estruturas consideradas menos essenciais, como os cabelos. O padrão mais comum é a queda difusa, em que o paciente percebe uma perda de densidade dos fios em todo o couro cabeludo, sem áreas totalmente calvas, mas com o cabelo visivelmente mais ralo e entradas. 

 

Embora os estudos clínicos que aprovaram esses medicamentos relatem a queda de cabelo como efeito colateral em cerca de 3% dos casos, Dra. Laura observa que, na prática, esse número é bem maior. Estimo que entre 30% e 40% dos novos pacientes com queixa de queda capilar possam ter como gatilho o uso dessas medicações. O risco aumenta em pessoas com doenças de base, como alopecia androgenética, ou que fazem uso concomitante de reposição hormonal.

 

A médica esclarece que a queda de cabelo não está relacionada diretamente à ação farmacológica do medicamento, mas sim à rápida perda de peso e às deficiências nutricionais associadas ao processo. As células da matriz dos bulbos capilares é uma das estruturas mais metabolicamente ativas do corpo e, diante da privação energética, são uma das primeiras a sofrer. O organismo entende que, para sobreviver, precisa economizar energia e interromper temporariamente a produção de novos fios.

 

Para quem pretende iniciar o tratamento com esses medicamentos, o ideal é uma avaliação dermatológica prévia, especialmente para identificar doenças de base que possam agravar o quadro. O acompanhamento nutricional também é fundamental, evitando restrições alimentares severas e períodos prolongados de jejum. É importante monitorar sinais de alerta, como queda de cabelo volumosa, dor ou ardência no couro cabeludo, e histórico familiar de calvície. Caso esses sintomas apareçam, o ideal é procurar um dermatologista o quanto antes.

 

A boa notícia é que, na maioria dos casos, a queda de cabelo é reversível após a estabilização do peso e a correção das deficiências nutricionais. O processo de recuperação pode levar de nove meses a um ano, especialmente em pessoas com cabelos longos. No entanto, pacientes com predisposição genética podem não recuperar totalmente a densidade capilar anterior ao uso do medicamento.

 

O uso dessas medicações deve ser sempre feito sob prescrição e acompanhamento médico. A automedicação é perigosa e pode trazer consequências graves não só para a saúde capilar, mas para o organismo como um todo. O emagrecimento saudável deve ser gradual e multidisciplinar, priorizando sempre o bem-estar global do paciente.

 

*Laura Andrade é médica dermatologista na Clínica Skincare e integrante da comissão científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia-BA


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Saiba como identificar e proteger seu bebê das doenças respiratórias

Por Leila Borges

Saiba como identificar e proteger seu bebê das doenças respiratórias
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Com a chegada do outono, especialistas alertam para o aumento significativo de casos de doenças respiratórias em bebês e crianças pequenas. O período, marcado pela transição para temperaturas mais baixas e maior amplitude térmica diária, cria o cenário perfeito para a proliferação de vírus respiratórios, especialmente o temido Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza e Rinovírus. O clima mais seco compromete as defesas naturais das vias aéreas, como o muco e os cílios que normalmente barram patógenos. Além disso, as pessoas tendem a permanecer mais em ambientes fechados, o que favorece a transmissão viral.

 

Para os bebês, esse período representa um risco ainda maior. Com sistema imunológico imaturo e vias aéreas naturalmente mais estreitas, os lactentes são particularmente vulneráveis a quadros graves de infecções respiratórias. Mas como diferenciar uma simples gripe de uma bronquiolite potencialmente mais séria? A gripe, causada pelo vírus Influenza, geralmente se manifesta com febre alta, tosse, dores no corpo, dor de garganta, dor de cabeça e mal-estar generalizado. Já a bronquiolite é um quadro inflamatório das vias aéreas inferiores, geralmente causada por vírus, sendo o VSR o mais comum. Os sintomas incluem tosse, chiado no peito, dificuldade para respirar, recusa alimentar e/ou irritabilidade. Em casos mais graves, pode haver queda de saturação de oxigênio, sonolência excessiva e até pausas respiratórias.

 

O VSR tem ganhado destaque nas discussões médicas por ser a principal causa de bronquiolite em lactentes, com potencial para evoluir com gravidade. Bebês prematuros, com menos de seis meses, ou aqueles com cardiopatias, doenças neuromusculares ou pulmonares crônicas têm maior risco de internação e até óbito. Estudos recentes também associam o VSR a um maior risco de sibilância persistente e asma no futuro. Diferentemente dos adultos, os bebês podem não apresentar os sintomas típicos da gripe. Em vez disso, manifestam irritabilidade, recusa alimentar e prostração. O sistema imune imaturo agrava o quadro, tornando-os mais suscetíveis a complicações como pneumonia, otite, desidratação e até Síndrome Respiratória Aguda Grave.

 

Para proteger os pequenos dessas ameaças respiratórias é recomendado uma série de medidas preventivas. O aleitamento materno continua sendo uma das principais defesas, fornecendo anticorpos maternos que ajudam a proteger o bebê. Manter o cartão vacinal atualizado, incluindo a vacina contra Influenza, é fundamental.

 

Uma novidade importante no combate ao VSR é a recente aprovação pela Anvisa de uma vacina materna. Comercializada como Abrysvo (Pfizer), ela é indicada para gestantes entre 32 e 36 semanas de gestação. Esta imunização protege o bebê por meio da transferência de anticorpos via placenta, reduzindo significativamente os casos graves de VSR nos primeiros seis meses de vida. Outras medidas preventivas incluem evitar aglomerações e locais fechados, lavar frequentemente as mãos, manter ambientes bem ventilados e evitar o contato com pessoas gripadas. O uso de máscara por cuidadores que apresentem sintomas respiratórios também é recomendado para reduzir a transmissão.

 

Quanto aos medicamentos, é importante ressaltar que nem todos são seguros para bebês. Antitérmicos como paracetamol e dipirona, quando prescritos por médicos, podem aliviar a febre. A solução salina nasal ajuda a desobstruir as vias aéreas. No entanto, antibióticos só devem ser utilizados em caso de infecção bacteriana confirmada, e medicamentos como antitussígenos, descongestionantes orais e corticoides sem indicação devem ser evitados. A nebulização, frequentemente utilizada por pais ansiosos por aliviar os sintomas, nem sempre é benéfica. Em casos de bronquiolite viral pura, o uso indiscriminado de broncodilatadores ou corticoides não traz benefícios comprovados e pode até piorar o quadro.

 

Os pais devem ficar atentos aos sinais de alerta que indicam necessidade de atendimento médico imediato: respiração rápida ou com dificuldade, batimento de asas do nariz, coloração azulada nos lábios ou extremidades, febre alta persistente por mais de 72 horas, prostração excessiva, recusa alimentar, pausas respiratórias ou sinais de desidratação. Com informação e prevenção adequadas, é possível atravessar o outono protegendo os bebês dessas doenças respiratórias que, embora comuns, podem representar riscos significativos para os pequenos. A orientação médica continua sendo indispensável ao primeiro sinal de que algo não vai bem com a saúde respiratória do bebê.

 

*Leila Borges é especialista em alergologia do Instituto Bahiano de Imunoterapia (IBIS)

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias

Entrevistas

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Fotos: Igor Barreto / Bahia Notícias
Usar trocadilhos, metáforas e ironia, não são somente formas de humor no cotidiano, mas pode ser também uma maneira de conscientização sobre assuntos importantes.