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Alopecia Infantil: O silêncio que afeta os pequenos

Por Fernanda Barbosa

Alopecia Infantil: O silêncio que afeta os pequenos
Foto: Divulgação

A queda de cabelo em crianças, embora muitas vezes subestimada, pode ser o sinal de uma condição médica que exige atenção, diagnóstico adequado e acolhimento. Como profissional da área da saúde, vejo com frequência pais preocupados, mas também confusos, ao perceberem falhas no couro cabeludo dos filhos — e é justamente sobre isso que quero falar hoje: a alopecia infantil.

 

Existem diferentes causas para a perda de cabelo em crianças, e é fundamental compreender que nem sempre se trata de algo ageiro ou emocional. Muitas vezes, o problema é clínico e precisa de avaliação dermatológica.

 

Um dos tipos mais conhecidos é a alopecia areata, uma condição autoimune em que o organismo ataca os próprios folículos capilares, causando falhas arredondadas, lisas e sem inflamação. É imprevisível e pode ter recuperação espontânea, mas também requer tratamento específico com medicamentos tópicos ou, em casos mais avançados, terapias imunomoduladoras.

 

Outra causa bastante comum é a tinea capitis, uma infecção fúngica contagiosa, frequente em ambientes escolares. Costuma se manifestar com falhas de cabelo acompanhadas de descamação e coceira. Nesse caso, o tratamento é feito com antifúngicos orais, e é importante também cuidar da higiene dos objetos compartilhados. 

 

Há também a tricotilomania – quando a criança, geralmente em situações de ansiedade ou estresse, arranca os próprios fios de cabelo. Esse tipo de alopecia exige uma abordagem multidisciplinar, com apoio psicológico e, muitas vezes, acompanhamento psiquiátrico. Penteados muito apertados e o uso inadequado de produtos químicos também entram nessa categoria. 

 

Em alguns casos, a queda é difusa e não apresenta falhas específicas, como no eflúvio telógeno, geralmente causado por estresse físico (doenças, febres, cirurgias) ou carências nutricionais. A boa notícia é que esse tipo de queda costuma ser temporário e reversível com o tratamento da causa de base. Já a alopecia androgenética infantil é mais rara, costuma aparecer na adolescência, tem origem genética e, apesar de não ter cura, pode ser controlada com medicamentos e acompanhamento contínuo.

 

O diagnóstico correto é essencial e envolve exame clínico, avaliação com dermatoscópio, exames laboratoriais e, em alguns casos, cultura de fungos ou até biópsia do couro cabeludo. O dermatologista é o profissional mais indicado para conduzir essa investigação.

 

Mais do que uma questão estética, a alopecia infantil pode ter impacto emocional profundo. A infância é um período de desenvolvimento da identidade e da autoestima, e lidar com a perda de cabelo pode ser desafiador para a criança. Por isso, o acolhimento da família e a busca por orientação profissional fazem toda a diferença. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de um tratamento eficaz e menos os impactos emocionais a longo prazo. Se você notar alguma mudança no padrão capilar do seu filho, procure um dermatologista. Cuidar da saúde dos cabelos também é cuidar da saúde emocional e do bem-estar das nossas crianças.

 

*Fernanda Barbosa é médica dermatologista na Clínica SkinCare

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias