{"@context":"https://schema.org","@graph":[{"@type":"NewsMediaOrganization","name":"Bahia Notícias","url":"/","logo":{"@type":"ImageObject","inLanguage":"pt-BR","@id":"/#/schema/logo/image/","url":"/assets/images/marca-bn-branco.png","contentUrl":"/assets/images/marca-bn-branco.png","width":794,"height":204,"caption":"Bahia Notícias"},"sameAs":["https://www.facebook.com/bahianoticias/","https://twitter.com/BahiaNoticias/","https://www.instagram.com/bahianoticias/","https://www.youtube.com/channel/UCelevrrg2g7NdlrJMPrunhw"]},{"@type":"WebSite","name":"Bahia Notícias - Confira as últimas notícias de Salvador, da Bahia e do Brasil","description":"Acompanhe o Bahia Notícias e leia as últimas notícias de Salvador, da Bahia e do Brasil","url":"/","inLanguage":"pt-BR","author":{"@type":"NewsMediaOrganization","name":"Bahia Notícias"},"potentialAction":{"@type":"SearchAction","target":"/pesquisa?s={search_term_string}","query-input":"required name=search_term_string"}}]} 2&&void 0!==arguments[2]?arguments[2]:{})}(window,5079,{} /* Config */)}();

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Hall
Você está em:
/
/
Social

Notícia

Fé e arte: Arthur Fraga retrata símbolos religiosos e da cultura baiana através de pinturas figurativas

Por Alexandre Brochado / Manuela Meneses

Fé e arte: Arthur Fraga retrata símbolos religiosos e da cultura baiana através de pinturas figurativas
Foto: Acervo Pessoal

Entre figas, búzios e lembranças de uma infância à mesa, nasceu o artista que hoje pinta a alma da Bahia. Filho da terra da alegria, Arthur Fraga descobriu o dom no traço inocente de um retrato do pai e nunca mais largou o lápis — ou a fé. Inspirado pelo calor de Salvador e guiado por símbolos que dançam entre o sagrado e o cotidiano, ele transforma telas e mosaicos em território de afeto, onde cada cor conta uma história e cada imagem carrega o peso leve da identidade baiana.

 

“Vivia desenhando em qualquer pedaço de papel, nos cadernos da escola, em todos os lugares. Certa vez, com cerca de 8 anos, desenhei meu pai enquanto conversávamos na mesa de jantar. Quando terminei, sem que ele notasse, entreguei o desenho e ele falou, surpreso: ‘Você é um artista!’”, relembrou em entrevista ao BN Hall. Segundo Arthur, foi a primeira vez que ouviu essa frase. O momento ficou marcado em sua memória e se transformou em um incentivo para o futuro.

 

A Bahia é sua principal fonte de inspiração. O artista afirmou que o estado é a base de toda a sua produção, funcionando como referência constante, tanto estética quanto afetiva. De acordo com ele, sua obra reflete o ambiente onde cresceu, já que tudo o que pinta carrega a presença de Salvador.

 

Nas telas de Arthur, elementos como figas, búzios, crucifixos e azulejos se destacam. Esses símbolos, enraizados na cultura baiana, ganham novos significados ao lado das figuras humanas que os acompanham. O artista observa o cotidiano à sua volta, mas também pesquisa profundamente os temas que retrata. Para ele, cada imagem possui uma narrativa que merece ser contada.

 

Falando sobre sua trajetória, o artista destacou que uma de suas maiores influências foi Carybé, que também dedicou sua obra à cultura baiana. “As cores e os elementos de Carybé me fascinavam. Ele foi talvez o mais importante no começo da minha carreira”, afirmou.

 

Sobre o processo criativo, Arthur explicou que cada obra pode nascer de formas distintas — de uma ideia, lembrança, sonho ou emoção. Mesmo quando não tem a intenção de transmitir uma mensagem específica, seus quadros acabam revelando algo. Um dos temas mais recorrentes em sua produção é o sincretismo, que une diferentes religiões, culturas e tradições. Para ele, essa fusão simboliza o respeito à diversidade.

 

“Figuras e símbolos são constantes nos meus trabalhos. Eu olho e traduzo nas minhas obras exatamente isso, figuras e símbolos. A Bahia é rica demais nesses elementos, e eu me alimento deles. Contudo, além da observação, há muito estudo sobre esses elementos. Então, muitas vezes, eu procuro contar uma história através dessas figuras e símbolos”, destacou.

 

Em uma de suas obras mais recentes, criada para o Anuário de Arquitetura e Decoração da Bahia, Arthur pintou a Igreja do Bonfim ao lado de duas baianas. A imagem presta homenagem à fé e às tradições do povo baiano, aspectos que considera essenciais para a identidade cultural da região.

 

Atualmente, o artista baiano vive uma fase de experimentação, explorando novos materiais, como a massa acrílica, que traz mais textura e profundidade às suas obras. Embora suas técnicas estejam em constante evolução, o que o impulsiona permanece o mesmo desde a infância: a paixão pela arte. “Sigo inspirado e pintando. Isso me faz feliz”, concluiu.

 

Siga o @bnhall_ no Instagram e fique de olho nas principais notícias.